Dezembro Laranja: mês da conscientização sobre câncer de pele

No mês de dezembro acontece a campanha Dezembro Laranja, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2014, com o objetivo de promover ações e conscientizar a sociedade brasileira na prevenção do câncer de pele.

Em 2022 pude contribuir de forma ativa na campanha dando uma entrevista para a empresa de conteúdo UOL, e para acessar o artigo, basta clicar aqui.

Para além do conteúdo publicado, vamos conversar mais sobre o assunto?

Tudo que você precisa saber sobre câncer de pele.

O câncer de pele consiste no crescimento das células que constituem a pele humana de forma descontrolada e anormal.

A principal causa desta condição é a exposição crônica à radiação ultravioleta, principalmente entre as 10h e 16h, período com incidência mais forte.

A doença pode ser dividida em dois tipos:

  • Não melanoma: afeta células responsáveis pela construção da base da nossa pele, sendo eles o carcinoma basocelular e o espinocelular;
  • Melanoma: prejudica as células responsáveis pela produção do pigmento da nossa pele, a melanina.

Os principais sintomas consistem no surgimento de manchas, pintas e lesões na pele, algo que parece ”comum”, mas é de suma importância manter atenção sobre os sinais que o corpo nos dá.

Tratamentos cirúrgicos

Na suspeita de um câncer de pele, a primeira cirurgia a ser realizada é a biópsia para confirmação do diagnóstico. Esse procedimento pode ser realizado de forma simples, no próprio momento da consulta, com anestesia local. Uma pequena amostra da lesão é retirada e encaminhada ao laboratório para ser avaliada através de um microscópio.

O procedimento cirúrgico definitivo vai depender do tipo de câncer de pele que o paciente apresenta.

  • Carcinoma basocelular e o espinocelular: os dois tipos mais comuns, podem ser realizados: curetagem e eletrocauterização da lesão, retirada simples do tumor com margem de segurança que gira em torno de 4 mm ou a retirada da lesão com exame das margens ainda no momento da cirurgia.

Nesta forma de abordagem, tanto as margens laterais quanto a margem profunda são avaliadas para verificar se realmente o câncer foi removido por completo. Se for detectada lesão residual, é realizada ampliação da margem acometida e o fechamento da ferida só acontece quando todas as margens estiverem livres.

A escolha do método mais adequado vai depender de características tanto do tumor quanto do paciente. Essas características incluem subtipo tumoral, seu tamanho, sua localização, se as bordas da lesão são ou não bem definidas, se a lesão é nova ou se já é recidivada ou se o paciente apresenta algum grau de imunossupressão. Além disso, depende também da disponibilidade do método, já que a avaliação intra operatória das margens requer equipamentos especiais e equipe especializada.

  • Melanoma maligno: está sempre indicada a ampliação das margens da lesão. A espessura do tumor identificada na biópsia vai determinar o tamanho da margem, que pode variar de 0,5cm até 2cm, e se haverá necessidade de se realizar biópsia de um linfonodo sentinela. Nesta cirurgia, é injetado um contraste no local original do tumor, que ajuda na detecção do primeiro linfonodo responsável pela drenagem da região. Esse linfonodo é então removido para posterior avaliação microscópica do seu acometimento.

O tipo de fechamento em todos os casos vai depender do tamanho do defeito final e da sua localização, podendo ser realizado um fechamento simples ou uma reconstrução com retalho ou enxerto de pele.

A cirurgia é o melhor tratamento?

Para todos os tipos de câncer de pele, a cirurgia é o tratamento padrão-ouro.

Entretanto, casos selecionados de carcinoma basocelular ou carcinoma espinocelular, que são pequenos, estão ainda superficiais e são localizados em áreas consideradas de baixo risco podem ser tratados com medicamentos tópicos que o próprio paciente aplica em casa ou com terapia fotodinâmica, procedimento realizado em consultório, no qual é aplicado um creme que vai ser posteriormente ativado por uma luz para destruição específica do câncer.

Casos muito avançados podem necessitar de cirurgias maiores, radioterapia e acompanhamento conjunto com o oncologista clínico que pode prescrever, a depender do caso, quimioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia.

Por isso, o reconhecimento e tratamento precoce do câncer de pele são tão importantes. Gostaria de agendar uma avaliação? Basta clicar aqui e entrar em contato!

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